sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Dia da Consciência Negra - 20 de Novembro

Muitos dizem que no Brasil não existe discriminação, nem racismo, nem preconceito contra negro. É verdade que a lei afirma que todos são iguais, que todos têm os mesmos direitos. Mas será que é isso mesmo que acontece? O que observamos é que são os negros as maiores vítimas do desemprego, são eles que recebem os menores salários, que apresentam os maiores índices de analfabetismo. Há muitos negros ocupando altos cargos no governo federal? Muitos negros como secretários de Estado? Quantos deputados negros existem? E quantos bispos, padres, pastores? Quantos negros estão nas universidades?

Felizmente, nos últimos anos, o despertar da consciência negra tem levado os próprios negros a lutar contra o preconceito. É o que mostra o Movimento Negro Unificado (MNU), que reúne as diversas organizações negras. Todas elas lutam contra a marginalização, pela valorização do negro em todos os campos da vida social e pelo reconhecimento de sua dignidade como ser humano.
O movimento negro não comemora o dia 13 de maio – quando a princesa Isabel assinou a lei Áurea, que acabou com escravidão no Brasil -, mas sim o dia 20 de novembro, data em que Zumbi foi morto, em 1695, como o Dia da Consciência Negra.

Ao longo dos mais de trezentos anos em que houve escravidão no Brasil, os negros foram os responsáveis por boa parte da riqueza acumulada em nosso país. Riqueza que não ficava aqui, mas era levada para Portugal, para a Inglaterra e outros países europeus, Riquezas que trazia o bem – estar apenas para os colonizadores e donos de escravos. Milhões de africanos foram tirados de suas terras para uma viagem incerta e perigosa. Aproximadamente a metade dos negros morria durante a viagem. Muitos de fome, doenças e maus-tratos. Outros de banzo, uma espécie de tristeza, de melancolia sem fim, que vinha da nostalgia, da saudade da sua terra. Os que chegavam eram vendidos como mercadorias, submetidos a um duro regime de trabalho, à separação dos familiares, à destruição dos seus costumes. Muitos resistiram a esse regime. Muitos preferiram a morte à escravidão.

Porém, os africanos resistiram à dominação de muitas maneiras. Uma delas foi a fuga. Quando conseguiam fugir, reuniam-se em comunidades chamadas quilombos. Os quilombos da Serra da Barriga em Alagoas e Pernambuco são os mais conhecidos, unidos sob o nome de Palmares. Seu principal comandante foi ZUMBI.

Sabemos, por todo nosso estudo, e mesmo em nosso cotidiano que a raça negra sofreu, e ainda tem sofrido. E mesmo que seja de uma maneira disfarçada, percebemos o preconceito racial e que realmente as oportunidades para as raças não são na mesma proporção. Até para fazermos um trabalho de igualdade racial, no qual usamos revistas e jornais, nos é difícil achar figuras de negros. Por isso a sociedade brasileira, o governo, etc. realmente deve um resgate social aos descendentes dessa raça. Pense bem em todo nosso estudo e uma boa semana para você. Beijinhos Prof. Glória.

Nenhum comentário:

Postar um comentário